
“Olhou-o com misericórdia e o escolheu!”
Irmãs e irmãos caríssimos, “Olhou-o com misericórdia e o escolheu!” este é o lema episcopal do Santo Padre Francisco que há duas semanas esteve em nosso país e tanto bem já nos fez nesses seus poucos meses de pontificado. Este seu lema (repito: “Olhou-o com misericórdia e o escolheu!”) foi retirado de uma interpretação do capítulo nove, versículo nove do Evangelho segundo Mateus quando Jesus escolheu um cobrador de impostos, um pecador público, para ser seu apóstolo. Jorge Mario Bergoglio tomou para si este versículo antes mesmo de seu ingresso nos Jesuítas.
Queridos familiares e amigos, clérigos, religiosos e leigos, assim como aquele publicano, também eu e os Diáconos Amauri e Cláudio fomos escolhidos não por nossos méritos ou direitos, virtudes ou habilidades. Sem dúvida alguma havia gente mais capaz, mais inteligente, mais dinâmica, até mais cordial e simpática, mais paciente e com muito mais saúde. Contudo, Ele nos olhou com misericórdia e nos escolheu. Sabendo bem de que matéria somos feitos! (Sl 103,14). Sabendo quão pecadores e desmerecedores o somos dos ministérios sagrados que hoje recebemos. Mas, como bem disse Bento XVI, o Senhor é especialista em trabalhar com instrumentos insuficientes, e por isso hoje me constituiu Presbítero e aos meus irmãos Amauri e Cláudio, constituiu Diáconos para sua Igreja em estado permanente de missão. Se agora somos o que somos é pela miraculosa e gratuita Graça de Deus (1Cor 15,9) e certamente pela intercessão eficaz de sua Santíssima Mãe, tão consoladora e amorosamente presente em minha vida pessoal, sobretudo, nestes últimos meses após a visita que fiz ao seu magnífico santuário em Aparecida-SP e após receber uma réplica autêntica de sua imagem milagrosa encontrada no rio Paraíba. Obrigado, ó Mãe, por tanto amor e carinho!
Amados irmãos e irmãs, foram inúmeras as dificuldades, os sofrimentos e perigos, do primeiro pensamento vocacional até o presente dia deste recomeço. Sim, este é um dia de recomeço. Os dois novos diáconos e este novo padre não cruzaram nenhuma linha de chegada nem foram premiados por nenhuma vitória pessoal. Não recebemos aqui nenhum diploma, mas, um ministério sacrossanto. Nossa missão recebida no Sacramento do Batismo, confirmada na Crisma e nutrida pela Eucaristia foi hoje potencializada com o Sacramento da Ordem para, de maneira mais eficaz, específica e exclusiva, anunciarmos o Reino de Deus como Pastores Servos in persona Christi Capitis.
Caros irmãos, permitam-me neste momento, em meu nome e em nome dos novos Diáconos, dirigir generosos e indispensáveis agradecimentos:
Primeiramente aos nossos queridos pais e mães que nos “doaram à Igreja”, bem como a todos os nossos irmãos e demais familiares; aos nossos amigos todos, próximos e distantes;
Às nossas Paróquias de origem: N. Sra. de Fátima, Santa Terezinha e N. Sra. da Conceição; às Paróquias onde trabalhamos em João Pessoa: Santa Júlia, São Francisco das Chagas, São Rafael, Menino Jesus de Praga e Nossa Senhora da Conceição; às Paróquias por onde passamos nas experiências de Semana Santa e Semana Missionária e às Paróquias de nosso estágio: São Pedro, N. Sra. de Fátima, Santo Antônio e N. Sra. das Dores;
A todos os movimentos, pastorais, grupos, serviços, novas comunidades que acompanhamos de maneira mais acentuada ao longo de nosso processo vocacional no seminário; aqui aproveito para agradecer à presença da Direção do Sistema Penitenciário de Patos que proporciona o meu trabalho com a Pastoral Carcerária nas Unidades Prisionais desta cidade;
Aos seminários que nos acolheram e a todos os reverendíssimos presbíteros que foram nossos párocos, formadores, reitores, acompanhantes e diretores espirituais; aos nossos colegas de turma e a todos os demais padres, diáconos, estagiários e seminaristas desta e de outras dioceses aqui presentes;
Às minhas tão necessárias e queridas terapeutas;
Ao Padre Valdomiro Batista, o primeiro presbítero ordenado nesta Diocese há 50 anos, que me deu a honra de sua amizade paterna e a de revestir este mais novo padre com os sagrados paramentos;
Ao Senhor Arcebispo Paraíba, Dom Aldo Pagotto, que solicitamente me concedeu o Diaconado em 19 de novembro passado;
Ao Senhor Bispo Diocesano de Petrolina, Dom Manoel dos Reis de Farias, que quando aqui esteve nos acolheu no seminário, nos acompanhou e incentivou durante quase toda nossa caminhada vocacional;
Ao Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Bispo Diocesano de Patos, Dom Eraldo Bispo da Silva, bem como ao Colégio dos Consultores e a todo o Clero desta querida Diocese;
A todos os nossos familiares, amigos e incentivadores vocacionais que nos precederam na eternidade. Em especial, ao Padre Hilário Leite Grangeiro e ao Diácono João Batista Ferreira.
Enfim, a todos vocês, Povo Santo de Deus, aos que nos acompanham pela internet e principalmente aos que formam esta Assembleia Eucarística, sobretudo aos que fizeram tão longa viagem, alguns tendo que renunciar ao seu trabalho ou estudo para compartilhar comigo, com os novos Diáconos e com esta Igreja Diocesana tão importante momento em nossas vidas. Agradecemos o reconhecimento, a amizade, e o vosso comovente esforço, rogando a Deus que retribua a todos vocês concedendo-lhes generosas bênçãos por tudo que por nós fizeram com tanta confiança e esperança.
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Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.