
A cada ano somos imbuídos de uma reflexão inequívoca ao chegar o dia 02 de novembro, que marca não apenas um feriado, mas a memória dos nossos entes queridos que nos antecedem na Jerusalém celeste, no céu.
Popularmente intitulado “Dia de Finados” esta nomenclatura não é ao meu juízo a ideal, pois não vejo nesta fidelidade evangélica, sobretudo por que a morte nada mais é do que uma páscoa, ou seja, uma passagem desta condição temporal para o irrestrito aspecto da imortalidade, a eternidade.
Se há na natureza humana uma verdade intransponível e igualmente uma realidade inquestionável é esta: a morte!
Sim, a compreensão racional do ciclo vital tem seu fim, seu fechamento, sua conclusão, seu apogeu na última etapa da vida, ou seja, a ausência da vida, a inevitável condição mortífera.
Contudo, para nós que professamos a fé em Cristo, o ciclo vital não se fecha com o advento da morte, ao contrário se inaugura uma nova e imortal condição, a nova vida, a vida eterna.
Para longe do olhar tétrico e fúnebre oriundos da figura da morte precisamos iluminar nossas mentes e corações com a visão da vitória de Cristo sobre a pretensa finitude da vida, com a sua Ressurreição Gloriosa.
É com base nesta verdade professada no Credo, que estabelecemos nossa fé ao afirmar nossa esperança na ressurreição e assim podemos proclamar com ênfase que na “Morte não se morre, se Vive”!
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Carlos Silva – Pascom Diocesana